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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Monotonia e uma vila desapontadora


   De volta à civilização. De volta ao tédio que é a minha vida. Minhas férias vão até o fim do carnaval, mas eu sinceramente sinto falta da escola. É mais "divertido" do que meu quarto nesse calor do caralho, com uma internet MUITO ruim e sem tv a cabo. E com as milhares de picadas de inseto que eu ganhei como lembrança dos dias na roça. Pelo menos consegui ficar queimada de sol, o que é uma boa coisa... Mas chega de falar de mim e let's go to business.
   "A Vila" é o nome do filme. E ele é uma das maiores decepções que eu já tive. Na minha opinião, esse filme nem merecia uma crítica, mas eu farei assim mesmo.
   Sejamos sinceros, o filme não é de todo ruim. A ideia é boa, os (poucos) efeitos especiais são legaizinhos e a trilha sonora é o clássico instrumental de filmes de terror, com o qual é raro errar. Mas se você assiste esse filme esperando terror (que é o que o título, o cartaz e a sinopse sugerem) ou até mesmo suspense, se prepare pra se decepcionar como eu.
   O enredo é basicamente sobre uma vila no meio da floresta, que vive como no século 18 (ou algum século próximo, sou péssima em história >.<). Apesar de morarem cercados pelo bosque, lá é um local proibido, por ser o território "Daqueles De Quem Não Falamos" (colheita maldita feelings, "Aquele Que Anda Por Detrás Das Fileiras" mandou lembranças -q). Apesar da proibição, Lucius Hunt, filho de um dos membros do conselho de anciãos da vila, tem vontade de cruzar a floresta e ir à alguma cidade próxima buscar medicamentos novos para os villagers.

   Aqui é onde as coisas começam a desandar.

   Lucius se apaixona por Ivy Walker, a filha cega de um membro do conselho, e isso desperta a raiva de Noah Percy, filho com problemas mentais de outros membros do conselho que também gosta dela. Isso faz com que Noah esfaqueie Lucius, que fica em um estado grave de saúde. Desesperada, Ivy implora ao seu pai que a deixe cruzar o bosque para conseguir remédios pra Lucius, mesmo com a constante ameaça "Daqueles De Quem Não Falamos". Tudo isso com direito a longas cenas completamente desnecessárias de diálogos "profundos" e melosos.

   Breve momento em que fica interessante de novo.
Por incrível que pareça, melhor foto de um deles que consegui.

   Sr. Walker decide deixar a filha ir sem nem perguntar aos outros membros do conselho, e pra isso revela à ela o maior segredo da vila: (óbvio spoiler alert) em um galpão, chamado de "antigo depósito que não deve ser usado" ele mostra a ela as fantasias que os anciãos usam pra se fazer passar por "Aqueles De Quem Não Falamos" (que parecem uma mistura de porco espinho com lobo mau e chapeuzinho vermelho), que na verdade são só uma maneira de manter os villagers na vila, controlá-los pelo medo.

   Depois disso piora de vez.

   Ele comunica ao conselho que permitiu que a filha saísse em um dos discursos mais sentimentais que eu já ouvi, com direito à frases como "Ela é cega mas é motivada por amor. O mundo se move por amor. Ajoelha-se diante dele em reverência".
   Ivy, cega e recém abandonada por seus dois companheiros de viagem, que ficaram com muito medo pra prosseguir, chega na cidade depois de muitas complicações no meio da floresta, e pega os remédios.
   Descobre-se (mais spoiler alert) que os anciãos resolveram fundar a vila depois de perder filhos, irmãos e pais de maneira violenta nas cidades, e que a floresta é uma reserva natural na qual ninguém pode entrar, nem mesmo pelo espaço aéreo, por isso a vila continua secreta.
   E é isso.
Ela é até bonitinha, mas como atriz não compensa.
   A ideia do filme, uma crítica sobre o controle pelo medo e tal é boa, mas é mal desenvolvido e tá mais pra romance água com açúcar do que pra filme de suspense. Inclusive o próprio autor disse ter como uma de suas inspirações o clássico romance "Morro dos Ventos Uivantes". Seria difícil sair suspense disso...
   Pra finalizar, um comentário sobre Bryce Dallas Howard, atriz que interpreta a personagem principal Ivy. A atuação dela nesse filme é um completo lixo.
   Se estiver disposto a disperdiçar uma hora vendo longas cenas sentimentais desnecessárias e muito melosas só por uns quarenta minutos de uma crítica que vale a pena, ou se for fã de drama e romance, assista ao filme. Caso contrário, nem perca seu tempo. Até mais e obrigado pelos peixes! Lucy Westenra

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