Bom dia, boa tarde e boa noite, amigos leitores e stalkers, hoje
foi bom dia – não é o blog do Kid -, é incrível que quando as pessoas sabem que
fizeram merda, elas são incapazes de olhar dentro da sua cara quando te
encontram na rua, mas, quem deve é isso ai.
Hoje o texto é sobre uma franquia enorme, claro que eu não vou falar de toda essa
franquia, uma vez que são mais de vinte filmes e se vocês realmente quiserem
rir, façam rir.
Capa do Filme |
O texto de hoje é sobre “007 Contra Goldeneye”, eu escolhi
um filme no meio da franquia, sem muito poder de vendas e vamos dizer que seja
meio qualquer coisa, isso é realmente verdade, mas há um mérito, esse filme foi
o responsável pelo estrago de OITO cabeçotes de aparelhos de videocassete, tamanha
era a quantidade de vezes que eu vi esse filme.
Obviamente que eu como criança não entendia porra nenhuma do
filme, eu gostava da ação, da galhofa, e claro, do tema musical, eu não fazia ideia
de roteiro, enredo e tal, mas, enfim, hoje vamos falar sobre isso direitinho.
007 – Goldeneye ou 007 Contra Goldeneye – como diz o título
em PT – foi o décimo sétimo filme da franquia e o primeiro a colocar no papel
do agente o ator Pierce Brosnan, eu nunca ouvi falar de Martin Campbell que
dirigiu esse filme, não sei se é de pleno conhecimento geral, mas, 007 antes de
serem filmes eram livros escritos por Ian Fleming, que já está abraçando
satanás faz décadas, esse foi o primeiro que não teve dedo das histórias dele,
foi escrita e depois re-escrita por uma caralhada de roteiristas e sujeitos
genéricos.
O filme foi lançado em 95, seis anos antes, Timothy Dalton
havia cagado uma diarreia bem grande em cima da franquia e conseguiu quase
foder com tudo, e o fim da guerra fria serviu de pano de fundo pra história do
filme, mesmo sendo ridículo uma das cenas do filme, ele ganhou prêmio de melhor
som (que eu concordo) e melhores efeitos especiais (que foi uma cagada forte).
Se comparar com o predecessor, é como comparar Android com Apple um revólver
com um tanque de guerra.
- Spoiler Alert – O filme começa com 007 pulando de Bungie
Jump e se infiltrando em uma instalação soviética – ainda na guerra fria – no joguinho
do N64 essa era a Facility, essa fase era o capeta...
Lá ele encontra o amiguinho, 006, ou Alec Trevelyan
interpretado por Sean Bean, como bons galhofeiros espiões, eles passam pelos
guardas genéricos até chegarem numa sala com tanques de gás, lá eles são
descobertos e aparece um novo personagem, General Arkady Grigorovich Ouromov,
representado muito bem por Gottfried John,
junto com suas tropas, Ouromov captura 006, mas, James Bond ainda está livre, ele ajusta as
bombas que eram de 6 para três minutos, mas, nada adianta, Trevelyan é morto na
frente de James e ai a galhofada começa, 007 pega um “carrinho” com vários
tanques de gás e vai o usando de cobertura até chegar perto de uma esteira, ele
se joga na esteira e sai atirando até sair da base, logo as tropas aparecem
atrás dele, e ele claro como um ótimo AGENTE SECRETO, fuzila boa parte delas,
ele consegue derrubar um soldado de uma moto e se vê numa pista de pouso nas
montanhas, um lado tem tropas e o outro é um abismo, um avião está decolando.
James Bond (Píerce Brosnan) e Alec Trevelyan (Sean Bean) |
Essa porra agora precisa de um parágrafo próprio, ele de
moto vai atrás do avião que despenca para o abismo e ele cai atrás de moto e
ELE CONSEGUE CHEGAR AO AVIÃO E LEVANTAR O AVIÃO PARA FUGIR ENQUANTO A BASE
INTEIRA ATRÁS EXPLODE.
Cara... vai me dizer que essa porra não é galhofa?
Então, aparece o que tem em todos os filmes, não é James
Bond comendo ninguém, é a abertura e a Tina Turner cantando – GOLDEN EYE – Spoiler Alert.
Bom, não vou me estender muito, quis falar dessa parte pela
galhofa, durante o filme tem bem mais disso.
As filmagens foram feitas pela Europa, algumas das cenas de
São Petesburgo foram grava em Londres mesmo, por causa do perigo de um
atentado, tiveram cenas em Monte Carlo, Porto Rico e até a Marinha Francesa
disponibilizou o helicóptero Tiger para as filmagens.
A queda do comunismo está presente em vários conceitos, na
abertura uma mulher aparece martelando a foice da União Soviética, James faz
uma alusão à corrupção quando encontra Onatopp no cassino pela primeira vez, uma
loja da IBM é mostrada dentro da cidade de São Petesburgo.
A crítica não adorou o filme de todo, mas, a diferença
enorme de atuação entre Brosnan e Dalton era inegável, Sean Connery era um 007 mais sério, mais
centrado e menos inocente, Roger Moore veio como um 007 mais “mineiro” comia
pelas beiradas, seja mulher ou a missão, e era com certeza um 007 mais
inocente, Brosnan combinava as duas qualidades além de seguir a risca a
definição de Ian Fleming, um homem alto, de cabelos pretos, enquanto Moore
tinha cabelos castanho claro e olhos azuis.
Famke Janssen como Xênia Onatopp |
Outra mudança crucial na crítica foi M que era um homem passar
a ser uma mulher, uma mulher é quem manda no melhor agente do serviço secreto
britânico, M chega a ser tida como uma chefa menor, sendo uma contadora, Famke Janssen
(Onatopp) é uma das melhores Bond Girls que já tivemos, uma mulher que sente
prazer em matar, quanto mais dor mais ela se sente bem, é uma personagem muito
bem escrita, ficando na frente de Izabella Scorupco que é menininha boa do
filme.
Minha única crítica negativa ao filme é o fato de não haver
uma perseguição de carros, em 1963, em Goldfinger, Sean Connery faz uma
espetacular perseguição de carros e nesse filme, seis anos depois isso era
muito esperado, Q (Desmond Llewelyn) apresenta um BMW, fala sobre foguetes e
tudo mais e isso não é usado, em compensação uma perseguição nas ruas de São
Petesburgo é primorosamente gravada com um T-54 perseguindo um único carro, a
destruição é completa, e como se não acabasse, o mesmo T-54 dispara contra um
trem russo blindado, numa das melhores cenas e mais “thriller” do filme.
HUEHUEHUE BR BR |
Em todo é um ótimo filme de ação, com bom roteiro e enredo,
é também bom para se começar a assistir a franquia, uma vez que os filmes
antigos são bem mais lentos.
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